Cuide dos Rios

Clique aqui e conheça os rios disponíveis no portal!

Você encontrará nesta página:

Sobre o projeto

O portal Cuide dos Rios integra os resultados do projeto de Pós-Doutorado Empresarial intitulado Equipamento Urbano Multimídia de Sinalização de Rios e Educação Ambiental*, realizado por Maristela Mitsuko Ono, Doutora em Arquitetura e Urbanismo (USP), Bolsista do CNPq – Brasil, atendendo ao objetivo de promover comunicação de apoio à educação em prol do equilíbrio e sustentabilidade do ecossistema, com foco em rios / bacias hidrográficas.

O presente trabalho foi realizado com apoio do CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Brasil.

 

Cooperação técnica no Pós-Doutorado Empresarial: Dangelo Di – Desenvolvimento de Produto e Identidade Visual, sob a supervisão de Rodrigo Dangelo, Gerente de Design.

Pesquisa, Gestão de Conteúdo e Design do Portal Cuide dos Rios: Maristela Mitsuko Ono (Endereço para acessar o Curriculum Lattes: http://lattes.cnpq.br/7757368813867877).

O projeto foi finalista do Green Project Awards Brasil 2013 - promovido pelo Instituto Nacional de Tecnologia / Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil e pela GCI Portugal – na categoria Pesquisa e Desenvolvimento.

 

Colaboradores:

  • Augusto Mosna Simão, Tecnólogo em Artes Gráficas. Colaboração em: consultoria e implementação da mídia digital na plataforma WordPress.
  • Fernanda Bornancin dos Santos, estudante de Tecnologia em Design Gráfico, bolsista PIBIC/UTFPR (2009-10) e PIBITI / CNPq (2010-11), orientada pela Profa. Dra. Maristela Mitsuko Ono. Colaboração em: pesquisa de campo sobre a bacia do Rio Belém; ilustrações de personagens, mapas da bacia hidrográfica do Rio Belém e cuidados com os rios.
  • Emanuela Lima Silveira, estudante de Bacharelado em Design, bolsista PIBIC / CNPq (2009-11),  orientada pela Profa. Dra. Maristela Mitsuko Ono. Colaboração em: pesquisa de campo e edição parcial de vídeos sobre a bacia do Rio Belém.
  • Camilla H. N. de Albuquerque, bolsista PIBIC / UTFPR (2010-11). Colaboração em: pesquisa de campo sobre a bacia do Rio Belém, orientada pela Profa. Dra. Maristela Mitsuko Ono.
  • Felipe Leoni Gomes, bolsista PIBITI / Voluntário da UTFPR (2010-11). Colaboração em: elaboração de paleta de cores e pesquisa de campo de mídia de apoio à educação ambiental sobre a bacia do rio Belém.
  • Samira El Ghoz Leme (Bióloga, Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Mestre em Tecnologia). Colaboração em: referências bibliográficas e pesquisa de campo sobre a bacia do Rio Belém.
  • Leny Mary Góes Toniolo (Bacharel em Letras, Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba). Colaboração em: pesquisa de campo sobre a bacia do Rio Belém.
  • Élio Ricardo Cagnato (Geógrafo). Colaboração em: pesquisa de campo sobre a bacia do Rio Belém.
  • Ana Paula Ferreira de Almeida (Graduada em Pedagogia pela UFPR, Especialista em Educação Especial, graduanda em Letras-Libras pela UFSC, Tradutora e Intérprete de Libras). Colaboração voluntária como Intérprete e Tradutora de Libras.
  • Concessão de entrevistas: Adelaide Annita Eschholz DIniz (Professora aposentada); Alechssandra Rossetti Oliveira (Engenheira de Computação, PUCPR); Cláudia Regina Boscardin (Mestre em Gestão Urbana, Bióloga, Coordenadora Técnica de Recursos Hídricos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba); Edivaldo da Silva Reis (Funcionário Administrativo da PUCPR); Élio Ricardo Cagnato (Geógrafo); Fabiana de Nadai Andreoli (Engenheira Civil, Mestre em Engenharia Ambiental, Diretora e Professora do Curso de Engenharia Ambiental da PUCPR); Leny Mary Góes Toniolo (Bacharel em Letras, Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba); Luciano da Silva Messias (Morador da Vila Diana); Luiz Augusto de Paula Lima Jr. (Doutor em Ciência da Computação, Professor da PUCPR); Luiz Matheus Marassi de Paula (Técnico de Laboratório da PUCPR); Maclovia Corrêa da SIlva (Doutora em Arquitetura e Urbanismo, Bacharel em Ciências Econômicas e em Letras, Professora da UTFPR); Narali Marques da Silva (Mestre em Geologia, Bióloga, Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba); Tamara Simone van Kaick (Doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento, Bióloga e Artista Plástica, Professora do Departamento Acadêmico de Química e Biologia e do Curso de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da UTFPR, coordenadora do projeto Vida à Água); Vinícius Abilhoa (Doutor em Zoologia, Biólogo da Prefeitura Municipal de Curitiba).
  • Participação em atividade de Contação de Histórias e Representação do Rio Belém por meio de desenhos, organizada em parceria com profissionais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba: Organização de Desenvolvimento do Potencial Humano (ODPH) e Passos da Criança, ONGs da Vila das Torres, Curitiba / PR.
  • Instituto Ambiental do Paraná. Colaboração em: referências bibliográficas e material de apoio.
  • Núcleo de Design de Mídias Interativas (DMI) / UTFPR: infraestrutura e colaboração em pesquisa e desenvolvimento.

Agradecimentos:

  • Ao CNPq, pelo apoio para a realização do Pós-Doutorado Empresarial;
  • À Dangelo Di, empresa de cooperação técnica do Pós-Doutorado Empresarial;
  • A todas as pessoas que colaboraram e têm colaborado na pesquisa e desenvolvimento do portal Cuide dos Rios;
  • Ao Prof. Dr. Aguinaldo dos Santos, Coordenador do Núcleo de Design e Sustentabilidade e do Programa de Pós-Graduação em Design da Universidade Federal do Paraná, pelo incentivo à pesquisa e desenvolvimento do Pós-Doutorado Empresarial.

Abordagem conceitual

Entende-se que ‘uma comunidade humana sustentável precisa ser planejada de tal maneira que seus modos de vida, tecnologias e instituições sociais honrem, suportem e cooperem com a inerente habilidade da natureza em sustentar a vida’. (CAPRA. In: STONE; BARLOW (Ed.), 2005, p. xiii). [1].

Para tanto, é necessário, por um lado: promover-se o aperfeiçoamento e integração de conhecimentos e saberes transdisciplinares sobre o meio ambiente, de sua rede de interconexões e interdependências, e de como cuidar dele sistemicamente, no contexto da (hiper)complexidade. E, por outro lado, adotar-se um conjunto de medidas reativas, ativas e proativas efetivas para a sua conservação, recuperação e melhoria.

A perspectiva sistêmica da vida fundamenta-se em três fenômenos fundamentais: a teia da vida, os ciclos da natureza e o fluxo de energia (CAPRA. In: STONE; BARLOW (Ed.), 2005, p. xiv). [2]. E é preciso que a humanidade compreenda que faz parte do meio ambiente e da teia da vida, afetando e sendo afetada pelos ciclos da natureza e fluxos de energia. E, ainda, que cada pessoa se sinta pertencente ao meio ambiente, assumindo a corresponsabilidade por toda a teia da vida, no âmbito dos polissistemas espiritual e material.

No planeta Terra, são inúmeras e intensamente crescentes as interferências da humanidade nos ciclos naturais, sendo que delas tem resultado uma série de problemas ambientais de degradação da biosfera, que têm prejudicado a vida de seres vivos do planeta, inclusive da própria humanidade.

Assim, mais que remediar danos causados, é necessário aperfeiçoar saberes e modificar condutas, de modo a cuidar do meio ambiente adequadamente.

Destaca-se, pois, a relevância de se fomentar a educação ambiental, entendida como “um processo por meio do qual as pessoas apreendam como funciona o ambiente, como dependemos dele, como o afetamos e como promovemos a sua sustentabilidade” (DIAS, 2004, p. 100) [3]. Por meio da educação ambiental, pode-se promover o aperfeiçoamento dos conhecimentos, saberes, habilidades e a motivação para a emergência de valores, mentalidades e atitudes, que possibilitem lidar com problemas ambientais e desenvolver soluções sustentáveis.

Morin et al (2003, p. 98) [4] afirmam que: “A missão da educação para a era planetária é fortalecer as condições de possibilidade da emergência de uma sociedade-mundo composta por cidadãos protagonistas, consciente e criticamente comprometidos com a construção de uma civilização planetária”.

E, ainda, de acordo com Morin et al (2003, p. 103) [5], em educação, é preciso promover uma “ética do desenvolvimento”, que seja pautada na “compreensão, solidariedade e compaixão”, e “compreender que nenhum desenvolvimento é adquirido para sempre, porque, como todas as coisas vivas e humanas, o desenvolvimento encontra-se submetido ao princípio de degradação e deve regenerar-se incessantemente”.

Assim, a educação, não pode cristalizar-se, estagnar-se, “engessar” sentidos e modelos. Ao contrário, deve ser dinâmica, contextualizada e promotora da autonomia das pessoas e de participações comunitárias, com base na ética individual, cívica e humanitária.

Salienta-se, assim, a importância da educação ambiental com base em abordagem eslética e transdisciplinar, de modo a se promover a sustentabilidade do meio ambiente, no âmbito da diversidade cultural e da (hiper)complexidade dos polissistemas culturais – espiritual e material.

A  abordagem eslética possibilita a construção criativa conjunta, indo além do “compromisso ou consenso” sobre algo (DE BONO, 1982, p. 80) [6], sem hierarquias.

A transdisciplinaridade propicia organizar e integrar conhecimentos e saberes múltiplos que estão, ao mesmo tempo, “entre”, “através” e “além” das disciplinas. (NICOLESCU, 2002) [7].

E pensar a complexidade possibilita contextualizar e inter-relacionar certezas e incertezas, a singularidade e a universalidade, a separabilidade e a inseparabilidade, sendo princípios guias para tal, segundo Edgar Morin (2000. In: MORIN; LE MOIGNE, 2000, p. 209-212) [8]:

  1. O princípio sistêmico ou organizacional que liga o conhecimento das partes ao conhecimento do todo, segundo a forma indicada por Pascal: “Eu sustento que é impossível conhecer o todo sem conhecer as partes e conhecer as partes sem conhecer o todo”. A idéia sistêmica, que se opõe à idéia reducionista, é que “o todo é mais que a soma das partes”. Do átomo à estrela, da bactéria ao homem e à sociedade, a organização de um todo produz qualidades ou propriedades novas em relação às partes consideradas isoladamente: as emergências. [...]
  2. O princípio “hologramático”  ”Inspirado no holograma onde cada ponto contém a quase totalidade da informação do objeto que ele representa”] coloca em evidência esse aparente paradoxo dos sistemas complexos em que não somente a parte está no todo, mas em que o todo está inscrito na parte. [...]
  3. O princípio do círculo retroativo, introduzido por Norbert Wiener, permite o conhecimento dos processos auto-reguladores. Ele rompe o princípio da causalidade linear: a causa age sobre o efeito e o efeito sobre a causa [...].
  4. O princípio do círculo recursivo ultrapassa a noção de regulagem para a de autoprodução e auto-organização. É um círculo gerador no qual os produtos e os efeitos são eles próprios produtores e causadores daquilo que os produz. [...]
  5. O princípio da auto-eco-organização: autonomia e dependência. Os seres vivos são seres auto-organizadores que se autoproduzem ininterruptamente e gastam energia para salvaguardar sua autonomia. [...] O princípio da auto-eco-organização vale, evidentemente de maneira específica, para os humanos que desenvolvem sua autonomia, dependendo da sua cultura, e para as sociedades que dependem do seu meio ambiente geoecológico. Um aspecto-chave da auto-eco-organização vivente é que ela se regenera permanentemente a partir da morte das suas células segundo a fórmula de Heráclito “Viver de morte, morrer de vida” e que as duas idéias antagônicas de morte e de vida são complementares, permanecendo antagônicas.
  6. O princípio dialógico acaba justamente de ser ilustrado pela fórmula heraclitiana. Ele une dois princípios ou noções que devem excluir-se um ao outro, mas são indissociáveis numa mesma realidade. [...] Sob as mais diversas formas, a dialógica entre a ordem, a desordem e a organização, através de inumeráveis inter-retroações, está constantemente em ação nos mundos físico, biológico e humano. [...]
  7. O princípio da reintrodução do conhecimento em todo conhecimento. Esse princípio opera a restauração do sujeito e torna presente a problemática cognitiva central: da percepção à teoria científica, todo conhecimento é uma reconstrução/tradução por um espírito/cérebro numa cultura e num tempo determinados. [...]

E os sistemas hipercomplexos, que integram o meio ambiente, são sistemas abertos, sujeitos a fatores de probabilidade, indeterminação, incerteza. Neles, os “erros” não são deletérios, mas sim possibilidades de auto-organização e transformação qualitativa. (MORIN, 1973. In: FRIEDMANN, 1973) [9].

A abordagem da hipercomplexidade é fundamental para se compreender a criatividade, a diversidade e o livre arbítrio de cada pessoa, no âmbito de um sistema cultural que compreende valores, mentalidades, conhecimentos, saberes, condutas, contingências, inter-relações e interdependências, demandando responsabilidade e cuidado consigo mesmo, com o próximo e o conjunto da humanidade e do meio ambiente.

Cabe ressaltar a Resolução da Assembléia das Nações Unidas de dezembro de 2003, que designa o período de 2005 a 2015 como a Década Internacional para a Ação “Água para a Vida” (International Decade for “Water for Life”) (UNITED NATIONS OFFICE, 2012, p. 5) [10], destacando a relevância e urgência de uma maior atenção e cuidado com as águas do planeta, diante da necessidade de assegurar uma condição de qualidade adequada para os diversos usos, assim como em vista da condição de degradação e escassez resultantes de um conjunto de ações humanas inadequadas no meio ambiente.

O projeto de Pós-Doutorado Empresarial, ao qual se integra este portal, tem foco em rios, que são fontes muito importantes de água potável e para usos diversos, visando promover uma maior conscientização, senso de pertencimento e corresponsabilidade das pessoas com relação ao seu cuidado. Nesta perspectiva, elaborou-se esta mídia digital de apoio à educação ambiental, abrangendo conteúdo sobre: bacia hidrográfica, importância dos rios, como cuidar, qualidade das águas e exemplos de ações.

O portal Cuide dos Rios oferece recursos multimídia, tais como: ilustrações, fotografias, animações e audiovisuais, além de textos. Apresenta conteúdo dinâmico, dentro de padrões Web, com estrutura e linguagem de marcação de texto adequadas ao acesso a informações por meio de diversos tipos de dispositivos com acesso à internet, inclusive leitores de tela.

Optou-se pelo uso da plataforma WordPress , que consiste em um software livre e gratuito, baseado em padrões Web e princípios de usabilidade. Trata-se de um aplicativo de sistema de gerenciamento de conteúdo para Web, com tipo de licença de código aberto, em PHP e banco de dados MySQL. Dentre suas principais vantagens, destacam-se: a) facilidade de uso e gerenciamento de conteúdo, característica fundamental para o portal em questão, cujo conteúdo pretende-se que seja continuamente expandido e atualizado por pessoas colaboradoras, inclusive por aquelas sem capacitação específica em programação computacional; b) ampla gama de recursos disponíveis, possibilitando a inserção de recursos multimídia, tais como: vídeos, fotografias, ilustrações, textos, links, dentre outros.

O portal Cuide dos Rios é aberto ao acesso do público em geral interessado no tema, sem fins lucrativos.

Licença Creative Commons
O Portal Cuide dos Rios - de Maristela Mitsuko Ono - é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Baseado no trabalho em: http://www.cuidedosrios.eco.br/.
Você é livre para: copiar, distribuir, exibir e executar este trabalho sob as seguintes condições:

  • Atribuição: Você deve dar o crédito ao autor original – Maristela Mitsuko Ono;
  • Não-comercial: Você não pode utilizar este trabalho para fins comerciais;
  • Sem criação de obras derivadas: Você não pode alterar, transformar ou construir em cima deste trabalho;
  • Para qualquer reutilização ou distribuição, você deve deixar claro para outros os termos da licença deste trabalho. Qualquer uma destas condições podem ser renunciadas, se obtiver permissão do titular dos direitos autorais. Nada nesta licença prejudica ou restringe o direito moral do autor.

Espera-se conjugar trabalhos colaborativos em pesquisa e desenvolvimento, para a ampliação e o aperfeiçoamento contínuos do conteúdo deste portal.